meu coração
palpita - não deixa
de estar acelerado -
em meio à
confusão e a abstinência
do que é inteiro.
pareço procurar
amor em tempos de guerra;
a guerra
passa em mim,
dos anseios
e do medo, o que me
sobra é o sorriso pela metade
e os olhos
fundos de
desconcerto
não entendo
nada que contemple algum tipo de necessidade,
mas sinto
algumas necessidades
e já não as
sei controlar
não sei
guarda-las dentro.
eu sou
reflexo delas
e elas,
espelho de mim.
virada ao céu,
a única
tempestade que me cabe
é a imensidão
e a tentativa de imersão
no infinito
onde o céu é
parte das estrelas
e as
estrelas se sabem tão luminosas quanto o sol
vire e
mexe,
nessas caixinhas
que ainda ouso cumular
encontro sensações
perdidas,
desejos não
alcançados, que guardei com tanto afeto,
que se multiplicaram
feito pragas;
sem sol,
sem água, sem alimento nenhum
as coisas
aqui só crescem,
e já não
sei podar o que não deve crescer tanto
ando esguia,
tentando passar por caminhos tão tênues
quanto os
buracos que os carunchos cavam nas sementes;
só que não
deixo pó como resquício,
tenho deixado
partes do meu corpo,
que descompassadamente,
encontro vez
ou outra pelos cantos.
deixo partes
da minha saúde
que de
forma incontrolável, tem se mostrado tão frágil
quanto à
flor de gloxínia.
da contenção
ao caos
o que tenho
feito
parece não passar de
evocar em cada copo de água que bebo
a sede do deserto.
evocar em cada copo de água que bebo
a sede do deserto.
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