.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Havia tido um dia bastante exaustivo, apreensivo por algumas razões, e também libertador por outras. Todavía estava cheia de uma ressaca moral, tempestade de mariposas dentro do peito, vontade de vomitar o esplendor do carnaval que parecia não ter mais fim, vindo por ruídos das ruas até as janelas de todo o apartamento.
Não recordo com o que sonhava antes, muito menos se consegui sonhar alguma coisa depois. Sempre me contaram algumas histórias assim, mas no fundo, nunca acreditei, ou não conseguia visualizar a partir de sensações, como poderia isso passar e exalar depois de conhecer essa imagem.
Mas contrário do que normalmente ocorre passar, eu, dormida na habitação que é minha, mas que ainda me falta sensibilidade para integrar-lá e aponterar-me dela. Em pleno sonho, me vi em pé, ao lado direito da cama, mas ou menos na direção dos meus joelhos, e tão justa quanto o abajur que tenho ao lado da cabeça. Eu dormindo me via acordada em pé, e como um filme em cambio de cena, o "eu" em pé me via dormindo.
O "eu" acordada estava por contaminação de imagem, vestida com o mesmo vestido marron que havia utilizado nesta noite. E me olhava com um ar bastante sinistro, com o qual sonhando, estava bastante angustiada. Como se a força vindo desses olhos e a energia que emanava o ambiente estivesse a ponto de explodir.
Não tive medo de mim. Tive medo do que pudesse passar depois se deixasse o sonho continuar. Tinha medo em sonho, que não fosse um sonho, mas sim uma suspensão. Uma retirada do meu corpo se concretizando na dimensão de um outro espaço. Uma partida para um lugar desconhecido.
Recordo que esse dia não estava tão tranquila e relaxada assim, e creio, que normalmente, essas coisas convém quando o corpo se encontra em um equilibrio entre o relaxamento e a auto introspecção. Não era meu caso, acredito, agora, de fora, podendo mais ou menos analisar o que ocorreu.
O fato foi que, enquanto tinha essa sensação de medo por não ser sonho, consegui acordar, e por casualidade ou não, eu me encontrava na mesma posição que estava dormindo enquanto sonhava. E quando direcionei meu olhar para o lado direito da cama pensando em encontrar meu guarda roupa de madeira, vi a mesma imagem: o "eu" em pé me olhando fixamente.
A raiva não estar sonhando foi muito forte, e neste momento sim, tive medo desse estranho encontro no meio escuro que existia no meu quarto. 
Dentro dos poucos segundos que permitiu esse contato, com toda a força que tinha, apesar de um tanto adormecida, chutei duas vezes o "eu" e na segunda vez, o "eu" já era ar.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Intuición y ritual

doy me cuenta de toda la brujería sólo ahora
sentada en la manta naranja, como aquella antigua de mi infancia
mirando entre la esquina de mis ojos
los ingredientes que se hacen secretos sólo de sí ser
el jarrón florido que contiene aceite y los pequeños papeles escogidos a dedo
las flores que cayeran y que acaban cayendo muy bien en esta pequeña poción
al mí entorno esta deserto
pero veo la sal del mar si haciendo cristal en el dibujo que antes era incierto

doy me cuenta de la brujería, pero no me asusto

sentada en la manta naranja, igual a de la cama que yo tenía en la infancia
me reposo sobre lo que no tengo en las manos
no puedo hacer nada allá de lo que tengo en ellas
pero si no tengo nada, no quedo sin hacer

A partir de ahora

por hora,
hago pequeñas pociones de pequeños mundos
pequeños abrigos
abrigos pequeños.
Qué desdén!
no tiene nada allá de mí
en todos los lugares que me veo
me hago en una otra