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segunda-feira, 11 de julho de 2011


uma espécie de horizonte se abre:
não é noite nem dia
é um intervalo latente entre as duas coisas.

misturo todas as sensações que no meu corpo invade
engulo seco,
abro os olhos e já não posso ver a cor do céu.

o barulho do mar chega até minhas narinas
penso em um punhado de alecrim, um pouco de deserto
em alguns olhares, em uma liquefação estranha de pessoas.
penso em outros devaneios
até friamente
chegar no âmago

fecho os olhos
e já nem lembro o que me fez começar.
o dia amanheceu com cores indefinidas

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