.

sábado, 18 de outubro de 2025

catarata

quando olho fundo,
pareço encontrar
ou talvez enxergar,
no fundo da sua íris,
por detrás da retina,
algo sublime e suspenso,
como uma queda sem fim.

uma cascata imensa,
onde a água precipita, flui, evapora.
a umidade me envolve,
seu som me atravessa,
a água me destila.

escuto,
no eco,
minha própria água
que escorre.


o olho que vê e se turva
a água que cai e se renova

Nenhum comentário:

Postar um comentário