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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

de algum lugar esquecido

Fecho seus olhos com meus dedos macios, bem devagar para que nenhum toque mais pesado te surpreenda. Você sorri levemente no canto, ergue a sombrancelha e encara meu olhar como se encarasse alguém que não vê há anos. Não consigo te olhar por muito tempo, então abro um sorriso. O meu sorriso maior. Chacoalho minha cabeça, desarrumo e logo em seguida, arrumo meus cabelos compulsivamente.
Você sorri, e agora não economiza na-di-nha desse seu sorriso avermelhado e explosivo.
Em um abraço a gente troca de corpo, rela nas almas, e lentamente nos soltamos até afastarmos uma da outra. Antes aqui, e agora lá. Longe. Distante.
Sua imagem dançando, embaçando minha vista nunca mais vaí sumir. Nunca mais vai fugir.
Foi rápido, mas você sim, entrou em mim como se trouxesse paz. Sem saber que a guerra estava mais próxima que o mar. E como você me lembra o mar.
Hoje sou eu que fecho meus olhos com meus dedos macios. Ainda sinto seu cheiro que lembra uma criança brincalhona e feliz, e é você quem me inspira à felicidade.

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