a ausência é um navio sem chão
.
quinta-feira, 18 de abril de 2024
rascunho
ainda que descompassadas
e com passos desencontrados:
buscar cadência no caminho.
sem tanto caos, nem medo do amor:
sentir o inexplicável,
escutar o que a gente não diz.
______
sem fim
almas misteriosas
fundidas e descobertas
uma canção
eu vou cantar
essa canção pra você
entender de onde vim
aonde estou
não sei...
pra onde vou
com você
com você
eu pulso
vibro
escapo
jorro
entendo essa canção
não meço
o impulso
derramo
porque caibo
ao vazar
no choro
a gota que dissolve a noite
que faz meu chá
que cola sua língua na minha
e eu oro
tocando no fundo
gemendo
bem dentro
me encaixo
no queixo, no lábio
lá embaixo
bem lento
no enlace
no centro
eu vejo o ouro
sorrateiro
consolo
brilhante
agudo e aquoso
no extremo do corpo
molhada num sopro
e eu vou soprar
essa canção pra você
perceber como vim parar
aqui?!
aonde estou?!
eu não sei...
pra onde vou sem você
com você
eu sumo
invisto
chovo
escorro
eu cuspo essa canção
meço
o impulso
derramo
não caibo
ao transbordar
eu canto em coro
só sinto
coração
não entendo essa canção
___
ainda sigo compondo
Postagens mais recentes
Postagens mais antigas
Página inicial
Assinar:
Postagens (Atom)