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quarta-feira, 11 de julho de 2012

tempestade de por sol no sal




O tempo
agente sem tamanho, espaço que
acontece em uníssono. Acumulador
de sensações. Desespero do
vento

O tempo
fragmento que corrompe, corrói,
arde a atmosfera da intempérie
Desfaz as expectativas
a esperança, constrói novos afetos

É ele uma parte importante das transformações
Passa, mas nunca envelhece

Se perde, se encontra, se distrai
nos devaneios e nas entrelinhas

Senhor dos destinos,
da longevidade,
da causa e do efeito

Restrito é seu paradeiro

Não se encontra, não se mantém único.
O tempo é o que eu faço e penso dele.
O tempo sou eu e o além de mim.

Me falta ânsia, mas isso provém do meu controle
Não controle do tempo, eu falo do peito.
Da latência,
das protuberâncias não aritméticas

Das pequenas partículas que não vemos,
mas que sem querer e sem atrito, nos toca.

(des)estremesse. Propaga. Prolonga.
Destrói. Nasce.

Desespero de ser eu e não ser outro eu.
Aflição já não existe.

Existe o dentro, o fora e o que sobra dele.

Estou no entre, mas não sou meio termo.





quinta-feira, 26 de abril de 2012

daquela conversa de duas crianças


que saudade do teu nada.
da coisa sincera
essa
que se encontra nas pintas,

olhares, compreendimento
conhecimento
que não se sabe de onde.
de dentro, do peito.
solação
de amor

sorriso entre a íris e o humor
aquoso
dos poros
e deslita tudo

em ti
em mim

(nosso  nó)

quinta-feira, 12 de abril de 2012

domingo, 8 de abril de 2012

el crimen perfecto

Volver nunca me hizo volver igual
mismo aún no sabiendo lo que en el fondo cambió
ya puedo sentir mi respiración y una cierta ligereza de pensamiento que llevaron a saborearme y disfrutarme de cosas tan pequenitas, pero que tienen cómo un paño de fondo a grandeza de las cosas…
de los pequeños actos, de las palabras, de una fuerte energía que a veces titubea y en otras me hace trascender el raciocinio.

experiencias son cómo capas que en el transcurrir del tiempo nos hace aún más fuertes, rellena de impresiones, sentimientos, y un bien estar qué muchas veces queda más fácil que nosotros acabémonos nos decepcionando con algunos pasos errantes que hay en el mundo.

pero veo que en algunas personas (las pocas que realmente me afectan) guardan en sí - mismo cuando críticas y duras - una inmensa voluntad\gana de comprender los límites que existen entre las cosas;
con mucha o poca comunicación, me deparo con personajes que cambian la historia sólo por nacieren, por el existir. se diferencian y destacase en el bucle homogéneo que puede ser la vida.

ahora paro para pensar y comiezo sacar cosas que ni hablamos ni siquiera compartimos, pero que digo ahora sin afirmar sólo cómo si fuera una plantita naciendo…
creo que vamos nos auto conociendo en el medio de las cosas, entre ellas, en los espacios vacíos, en los vacuos y es en esta subjetividad dónde encontramos posibilidades de sernos de verdad. o casi. ya que imagino que una de las virtudes más tristes del hombre sea esta eterna incertidumbre. la insatisfacción.
pero aún así nosotras (un tanto apartadas del raciocinio y de las miradas convencionales) a pesar de insatisfechas muchas veces, nos lanzamos a arriesgarnos y estos saltos nos torna capaces de construir\deshacer\permanecer atentas junto a naturaleza y cualquiera entorno cercano.
la esencia..

volviendo ahora para a pequeña Pontevedra una de las únicas cosas que tengo ganas de gritar es:
Por más que mi espíritu destructivo tente destruir el tamaño y la belleza de la vida, la vida es grande y bella.

sólo entonces, después de conocerte, pudo ver límpidamente la vida que escurrí cómo dunas de arena en el deserto del Sahara.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Havia tido um dia bastante exaustivo, apreensivo por algumas razões, e também libertador por outras. Todavía estava cheia de uma ressaca moral, tempestade de mariposas dentro do peito, vontade de vomitar o esplendor do carnaval que parecia não ter mais fim, vindo por ruídos das ruas até as janelas de todo o apartamento.
Não recordo com o que sonhava antes, muito menos se consegui sonhar alguma coisa depois. Sempre me contaram algumas histórias assim, mas no fundo, nunca acreditei, ou não conseguia visualizar a partir de sensações, como poderia isso passar e exalar depois de conhecer essa imagem.
Mas contrário do que normalmente ocorre passar, eu, dormida na habitação que é minha, mas que ainda me falta sensibilidade para integrar-lá e aponterar-me dela. Em pleno sonho, me vi em pé, ao lado direito da cama, mas ou menos na direção dos meus joelhos, e tão justa quanto o abajur que tenho ao lado da cabeça. Eu dormindo me via acordada em pé, e como um filme em cambio de cena, o "eu" em pé me via dormindo.
O "eu" acordada estava por contaminação de imagem, vestida com o mesmo vestido marron que havia utilizado nesta noite. E me olhava com um ar bastante sinistro, com o qual sonhando, estava bastante angustiada. Como se a força vindo desses olhos e a energia que emanava o ambiente estivesse a ponto de explodir.
Não tive medo de mim. Tive medo do que pudesse passar depois se deixasse o sonho continuar. Tinha medo em sonho, que não fosse um sonho, mas sim uma suspensão. Uma retirada do meu corpo se concretizando na dimensão de um outro espaço. Uma partida para um lugar desconhecido.
Recordo que esse dia não estava tão tranquila e relaxada assim, e creio, que normalmente, essas coisas convém quando o corpo se encontra em um equilibrio entre o relaxamento e a auto introspecção. Não era meu caso, acredito, agora, de fora, podendo mais ou menos analisar o que ocorreu.
O fato foi que, enquanto tinha essa sensação de medo por não ser sonho, consegui acordar, e por casualidade ou não, eu me encontrava na mesma posição que estava dormindo enquanto sonhava. E quando direcionei meu olhar para o lado direito da cama pensando em encontrar meu guarda roupa de madeira, vi a mesma imagem: o "eu" em pé me olhando fixamente.
A raiva não estar sonhando foi muito forte, e neste momento sim, tive medo desse estranho encontro no meio escuro que existia no meu quarto. 
Dentro dos poucos segundos que permitiu esse contato, com toda a força que tinha, apesar de um tanto adormecida, chutei duas vezes o "eu" e na segunda vez, o "eu" já era ar.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Intuición y ritual

doy me cuenta de toda la brujería sólo ahora
sentada en la manta naranja, como aquella antigua de mi infancia
mirando entre la esquina de mis ojos
los ingredientes que se hacen secretos sólo de sí ser
el jarrón florido que contiene aceite y los pequeños papeles escogidos a dedo
las flores que cayeran y que acaban cayendo muy bien en esta pequeña poción
al mí entorno esta deserto
pero veo la sal del mar si haciendo cristal en el dibujo que antes era incierto

doy me cuenta de la brujería, pero no me asusto

sentada en la manta naranja, igual a de la cama que yo tenía en la infancia
me reposo sobre lo que no tengo en las manos
no puedo hacer nada allá de lo que tengo en ellas
pero si no tengo nada, no quedo sin hacer

A partir de ahora

por hora,
hago pequeñas pociones de pequeños mundos
pequeños abrigos
abrigos pequeños.
Qué desdén!
no tiene nada allá de mí
en todos los lugares que me veo
me hago en una otra